Marcelo Longo Vidal, o Teroca – apelido herdado do futebol
(nas categorias dente-de-leite e juvenil formou dupla de área com o
também araraquarense Careca, ídolo do Guarani, São Paulo, Napoli e
Seleção Brasileira) – nascido e criado em Araraquara, ouviu seu
primeiro samba aos 8 anos de idade, num programa de uma rádio A . M .
da cidade (naquela época era comum tocar samba em rádio). Na
adolescência, organizou um grupo de samba/bloco de carnaval com os
amigos e, a partir daí, surgiram os rascunhos de suas primeiras
composições.
Paralelamente, como estudante, ingressou e cursou Engenharia Civil
e, para custear os estudos, iniciou-se na carreira docente, lecionando
Matemática até 2.010; na atualidade, divide seu tempo entre o samba e a
engenharia civil.
Na área do samba, fundou e se tornou o primeiro presidente do Clube
do Samba de Araraquara, em 1.996. Nesse mesmo ano, inicia suas
atividades como articulista na área de música popular brasileira do
Jornal O Imparcial, versando sobre samba/chorinho na coluna
“Referencial”(hoje milita no Jornal Tribuna Impressa, com a coluna
quinzenal “O samba da minha terra”); inicia também suas atividades como
produtor e apresentador de um programa de samba em rádios F.M. de
Araraquara, atividade que mantém até hoje(atualmente na rádio Uniara).
Em 2.003, reuniu 11 sambas próprios e lançou, pelo selo independente
paulistano Pôr-do-Som, seu primeiro CD solo, intitulado “Com todo
respeito”, o qual traz, especificamente, um samba-homenagem -“Até um
dia”- a um de seus grandes ídolos, João Nogueira, disco este que contou
com a produção de Magno Souza e participações do Quinteto em Branco e
Preto, do plangente violão de Luisinho 7 cordas e de belas vozes
convidadas, como as de Maurílio(Quinteto), Luis Mel e Cahê Rolfsen.
Em Araraquara, comandou o grupo Apoteose em 11 anos de estrada,
participando e produzindo projetos/shows de samba, nos quais foram
acompanhados, entre outros, Monarco, Wilson Moreira, Delcio Carvalho,
Nelson Sargento, Walter Alfaiate, Tia Surica, Zé Luiz do Império, Luís
Grande e Dona Ináh.
Em 2.006 concluiu sua pós graduação em Planejamento e Marketing
Turístico no Senac Águas de São Pedro, com o TCC “Samba – um turista
acidental, um cidadão ocidental, um produto turístico global”, trabalho
este que foi apresentado em congressos no exterior.
Em Junho de 2007, se tornou vencedor do Primeiro Festival de Samba do
Estado de São Paulo, realizado no TUCA – São Paulo, concorrendo com
mais de 300 sambas inscritos, com o samba de roda “Bamboleio”, defendido
por Dona Ináh, a qual, inclusive, se tornou a melhor intérprete do
mesmo.
No ano de 2008 participou do projeto “Corrente do Samba”,
desenvolvido no SESC Vila Mariana, em São Paulo, com produção de Eni
Cunha, o qual agregava gerações seqüentes do samba, junto com Wilson das
Neves, Luiz Carlos da Vila, Moacyr Luz, D.Ináh, Borba, Bia Góes,
Olívia Byington e Celso Viáfora.
Em 2009 participou do projeto “É tradição, e o samba continua”,
desenvolvido no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, o qual
foi concebido nas gerações paulistas do samba, contemporâneas e
sucessoras de Geraldo Filme, personificadas pelas presenças, entre
outras, da Velha Guarda do Camisa Verde e Branco, do Samba da Laje,
Chapinha, Quinteto em Branco e Preto, Graça Braga, Osvaldinho da Cuíca e
outros.
Em 2010, Teroca grava seu segundo CD, intitulado “Elos do samba”. O
CD foi lançado em meados de 2.011 nos Sescs Araraquara e São Carlos,
entre outros, disco este que conta com 15 novas composições de sua
autoria – sambas de roda/sambas de partido-alto/sambas de quadra/sambas
de terreiro/sambas-exaltação/samba-xote/sambas dolentes/samba-canção e
até uma marcha carnavalesca – nas quais, faixa a faixa, externa os elos
que o samba lhe deu em forma de compositores e intérpretes de samba da
atualidade – estarão presentes Monarco, Wilson Moreira, Zé Luiz do
Império Serrano, Delcio Carvalho, Luiz Grande, Chapinha, Fabiana Cozza,
D.Ináh, Maria Martha e Carmen Queiroz, entre outros – além de ressaltar
os elos com aqueles que já se foram e deixaram suas
mensagens, que chegam e resultam como novos sambas contidos no disco;
paralelamente ao CD, foi lançado, também em 2.011, o documentário em
média metragem – de mesmo título – no qual os focos são a cidade de
Araraquara – seu berço musical – e a função social que seu programa de
rádio faz, agregando cidadãos que se identificam, a despeito da
globalização pragmática, a um dos símbolos nacionais que é o samba, elo entre as mais diversas gerações.
Entre 2.012 e 2.013 divulga, em várias partes do Estado de São Paulo,
o CD “Elos do Samba”, participando também da segunda edição do projeto
“É tradição e o samba continua”, realizado no Espaço Cultural
Cachuera, em São Paulo; além desse projeto de renome, participa do
laureado programa “Sr. Brasil”, comandado por Rolando Boldrin, da TV
Cultura, e dos projetos “Vitrine do Samba”, na Galeria Olido, e
“Conversa com Verso”, no Espaço Cultural Authos Pagano, ambos em São
Paulo.
Ao final de 2.013, fecha o terceiro CD autoral, intitulado
“Sembacoara”, através do programa Proac/ICMS da Secretaria da Cultura do
Estado de São Paulo, trabalho este que mostra o universo musical – e
sambístico – da região de Araraquara, sendo todo ele desenvolvido por
artistas locais – músicos/designer gráfico/estúdio – com previsão de
lançamento para o início de 2.014.