No entanto, para que o repertório se desenvolva a bom termo, leve, alegre e contagiante, mais do que tudo, exige-se na roda um ingrediente fundamental, sem o qual a mesma perde a sua razão de ser.
É a amizade, ponto de partida de uma celebração apoteótica para que a roda de samba se eternize, junto aos comes, bebes e causos contados entre uma outra música.
Participo há muito tempo de rodas de samba, e através delas pude conhecer muita gente que hoje, com orgulho, listo em meu rol de amigos.
Uma amizade formada em ambiente sambístico, geralmente, nos levará a outras e outras amizades solidificadas por outras e outras rodas de samba. São os elos que o samba me deu.
Neste final de semana, celebro, com muitos desses amigos e amigas vindos do bojo de uma roda de samba, o lançamento de meu segundo CD autoral, cujo nome não poderia ser outro para espelhar o que penso de tudo o que já trilhamos por aí: “Elos do Samba”.
Este disco, para meu orgulho, traz a participação de amigos e amigas que o samba me deu, como Monarco – líder da Velha Guarda da Portela, Zé Luiz, do Império Serrano, Wilson Moreira, Delcio Carvalho, Luiz Grande, elos cariocas/araraquarenses, mais Carmen Queiroz, Maria Martha, D.Ináh, Fabiana Cozza, Chapinha, elos paulistanos/araraquarenses, além, claro, de elos regionais como o Gustavo do pandeiro, fazendo a ponte São Carlos-Araraquara, e dos elos locais como o Bob do Império, o Caê Rolfsen, o Ge Negrão, o Juninho, as Seresteiras Cris, Lu e Mônica.
É uma data em que aproveito para agradecer todas essas amizades sinceras que o samba me deu. Todos os amigos que de alguma forma me estenderam a mão para que, com muita luta, o parto desse CD se desse de forma tão saudável e feliz.
Aproveito aqui para convidar você, que está neste momento lendo estas linhas, para curtir em São Carlos e Araraquara, amanhã e sábado, respectivamente, no Sesc de cada cidade, às 20 horas, a celebração de todas essas amizades, ritmadas ao som de uma enorme roda de samba que, além do cavaquinho, surdo, pandeiro e violão, terá também cuíca, tamborim, reco-reco, repique, agogô, rebolo, atabaques, trombone, saxofone, flauta transversal e, quem sabe, muitas novas amizades que poderão dela emanar… Até lá!!!
publicação original do Jornal Tribuna Impressa e portal Araraquara.com
dia 17/02/2011